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Oficinas


OFICINA XVII
DEVOLUTIVA AOS ADOLESCENTES E AVALIAÇÃO DO PROJETO
19 de novembro


E agora? Chegamos ao final! É hora de se despedir. E o que dizer nessa hora? O que queremos ouvir? O que queremos dizer ou o que estamos autorizados a dizer? Pois o tempo que pareceu tão longo, agora nos pareceu curto. Precisávamos de mais tempo? Talvez!
Diante de tantas histórias, parece-nos que ter mais tempo seria o ideal para realizar a “escuta cuidadosa e qualificada” que nos comprometemos a fazer. Será? Não sabemos ao certo. Ficaremos apenas com a clareza de que todo o trabalho realizado trouxe crescimento, provocou mudanças, ou pelo menos acendeu a chama da esperança!
Nessa oficina nos avaliamos, nos escutamos. Técnicos e adolescentes se encontraram no lugar comum que todo ritual de despedida e separação pode oferecer: lágrimas, sorrisos, promessas, saudades! 

 Mas principalmente, desejos expressos de melhores dias a todos! 






Oficinas XV e XVI
ÁLBUM DE MEMÓRIA – A construção de um projeto de vida.
29 de outubro e 05 de novembro

   A construção de um projeto de vida somente se torna possível quando o jovem pode se apropriar de sua história, ou seja, somente é possível pensar em futuro se passado e presente encontram-se bem integrados. Ao longo de todo o projeto cada jovem foi estimulado a olhar o presente, rever o passado e projetar o futuro. Olhar para si mesmo e para o outro. Perceber seus sentimentos, hábitos, rotinas.Observar os caminhos percorridos para se chegar ao lugar desejado. Planejar ações, estabelecer metas. Cada um, de forma singular, foi compartilhando suas memórias, recontando suas histórias, tecendo seus vínculos. E para registrar essa experiência, todos foram convidados a construírem um álbum de memória, a registrar seu projeto de vida. E Scrapbook, com seus papéis decorados, enfeites e toda a sua beleza artesanal foi a técnica que encontramos para que eternizassem suas memórias, seus caminhos, seus desejos, seus sonhos!
1º de outubro

É chegado o momento de fazermos uma retrospectiva de tudo que foi produzido durante as oficinas e nada melhor do que fazer isso através das fotografias que foram tiradas pelos adolescentes. A melhor parte foi ter conosco os rostinhos de alguns adolescentes que nos deixaram ao longo do projeto, alguns por opção, outros por mudanças de caminhos, mas independente dos motivos, todos deixaram um pouco de si conosco,  vê-los de novo deu uma saudade... É, mas apesar da saudade doer, o trabalho não para! Então vamos lá! Minhas metas, meus recursos, minhas ações para realizar os meus sonhos, e o auto cuidado foram algumas das reflexões durante a oficina.Finalizamos com um exercício de autonomia, quando cada adolescente foi convidado a preencher seu cadastro do CIEE, habilitando-se  para uma vaga de estagiário ou de menor aprendiz no mercado de trabalho. 


 Memória das Oficinas  XIII e XIV

OFICINA XIII    AUTONOMIA: auto cuidado, auto-conhecimento, auto-estima
                                         Como alcançar minhas metas?


OFICINA XIV – AUTONOMIA – Educação Financeira e as Redes de Apoio
15 de outubro

“...Vai voando, contornando a imensa curva norte sul , vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul , pinto um barco a vela, branco, navegando, é  tanto céu e mar num beijo azul...”  É com o trecho da música de Toquinho que podemos descrever como foi o inicio da  nossa XIV oficina! Não foi pintando, mas fabricando um barco a vela que demos início as nossas atividades. Dentro desse barco foram colocados os desejos, os sonhos, as coisas que vamos levar para o futuro. E já que estamos falando de futuro, é um bom momento para aprendermos um pouco a respeito de Educação Financeira e para isso contamos com o especialista  José Kobori (*). A palestra foi um sucesso, os adolescentes ficaram entusiasmados com a possibilidade de ter uma boa “grana” no futuro, economizando apenas “um refrigerante por dia”.  No final todos foram premiados com uma cartilha sobre investimentos e uma planilha de orçamento pessoal. É claro que o dinheiro é importante, mas precisamos saber quais os serviços públicos que temos disponíveis, e para isso contamos com a apresentação da Assistente Social  Patrícia Jakeliny que veio nos falar das redes da comunidade. Independência, autonomia, ação!!!  Finalizamos as atividades fazendo uma projeção das possibilidades para o futuro, daqui a 5, 10, 15, 20 anos... “...E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar, não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar, sem pedir licença muda nossa vida e depois convida a rir ou chorar..” Acreditamos que teremos mais motivos para sorrir do que para chorar! E mais uma vez contamos com a presença do pequeno Yago  junto à sua mamãe atenta aos ensinamentos   do Senhor Kobori.

(*)  O Senhor José Kobori é um especialista em investimentos, atuante na área de mercado financeiro pela JKobori Agente Autônomo de Investimentos Ltda  - http://www.jkobori.com.br/. Convidado pela equipe do projeto, o Senhor Kobori proferiu sua palestra de forma voluntária, sem nenhum custo para o projeto.



 Memória das Oficinas de IV a XII

Oficina IV – 14 de maio
Essa oficina teve como objetivo maior levantar a discussão sobre “Ponto de Vista”.A construção individual pela fotografia –  a subjetividade – cada sujeito fala sobre sua fotografia – impressões, sentimentos, expressões... e o que fez. Qual técnica foi utilizada para isso?Como aquecimento, propomos um trabalho de autoconhecimento e de conhecimento do outro:  “Quem nunca sonhou em ser famoso? Se você nunca pensou, com certeza conhece alguém que deseja ser famoso, então porque não exercitar dar e receber alguns autógrafos?” Foi assim que demos início a oficina de número IV, e as emoções não pararam por aí não... Fomos fazer um passeio no parque (Parque da Cidade) por um caminho nada convencional, mas que nos possibilitou outros olhares de um lugar que era conhecido da grande maioria. Após o aprendizado da oficina anterior  a idéia era que todos fotografassem o mesmo local. Que nos apresentassem o “Parque” que cada um via. Olhando e reparando cada canto e recanto  de um mesmo espaço já visto e revisto por todos, mas agora com o olhar mediado pela câmera fotográfica, cada qual com sua  intensidade.  De volta para a Universidade, fizemos o processamento da atividade, compartilhamos os diversos olhares para esse mesmo local, refletimos a intencionalidade da fotografia.

Oficina V – 28 de maio
Fotografia, fotografia, fotografia! Quantos olhares! Quantos talentos!
Chega o momento para aprofundarmos nos conhecimentos da elaboração de vídeos. Agora pelo menos não se fala só em fotografias, agora podemos falar em efeitos visuais, edições, músicas, tempo de transição, legendas e tudo mais que envolve a elaboração de um vídeo, a partir daí foi só deixar a criatividade falar mais alto, e é claro que nesse momento ainda surgem algumas dúvidas, e aí não se ouve outra coisa só os nomes dos técnicos de audiovisual: David me ajuda aqui! David, não sei colocar a música. Adriana socorro! Essa oficina foi realizada no laboratório de informática da Universidade sob a supervisão dos dois técnicos de áudio-visual e de toda a equipe técnica. Vale dizer que cada 3 adolescentes participantes do projeto tem a supervisão de um profissional, psicólogo ou estudante do último ano de psicologia durante todo o projeto.


 Oficina VI – 04 de junho
Começamos com um bom café da manhã, acompanhado de uma boa música, afinal nem só de fotografia vive o projeto, a música também faz parte da vida desses jovens talentosos. Como de costume, fizemos nossa roda de conversa e continuamos as atividades programadas para o dia. O laboratório de informática ficou pequeno para tantos talentos!  Alguns ajustes finais nos vídeos que começamos na oficina passada, mudar a música, testar novos efeitos, ajudar aqueles colegas que ainda tinham alguma dúvida, quando nos demos conta metade da oficina já tinha passado, agora era só escolher os vídeos que iríamos apresentar para todo o grupo!  O Resultado foi incrível!  Muitas histórias contadas, sentidas, vividas, FOTOGRAFADAS!



Oficinas VII  a XII – Construção do Projeto de Vida

Começamos um novo momento no projeto. Os jovens já estão capacitados para esse novo papel: Fotógrafos! Trazem suas fotos, seus vídeos, contam suas histórias. O processo de vinculação se inicia e eles já se autorizam a fazer, ainda que timidamente, suas narrativas, ora sofridas, ora resignadas, ora divertidas!
É hora de resgatar e ressiginificar a história! É hora de fazer escolhas! É hora de se descobrir as habilidades e os interesses! É hora, finalmente, de se pensar no “QUE SE QUER SER”, AGORA, JÁ! E não apenas no futuro.

Oficina VII – “Compreendendo minha História”
Essa oficina foi realizada no dia 18/06 e teve como objetivo proporcionar uma reflexão sobre a trajetória da vida. Refletir como foi a caminhada até aquele momento?Com uma roda de conversa iniciamos a sétima oficina, selecionamos as fotos e os vídeos para serem apresentados ao grupo no final da oficina, depois trabalhamos as formas de se locomover, promovendo a ativação da espontaneidade, criatividade e posteriormente a reflexão do caminhar, do ritmo e da trajetória de cada um, até chegar aqui. A estrada da vida de cada um foi desenhada, pintada, gravada.  Passado, presente e futuro foram trabalhados na dinâmica da linha da vida.  A oficina foi finalizada com a comemoração dos aniversariantes, com direito a bolo e presentes!

Alguns fragmentos de suas histórias:

“Não me lembro muito, mas acho que ainda era feliz.”

“O dia que fui para o orfanato, sofri ao ficar longe da minha família”

Sai do orfanato e depois de um mês voltei muito triste.”

“Quando a minha mãe foi presa”

“Apesar de tantos sofrimentos, eu conheci a vida, a verdadeira realidade porque os sonhos a gente vai conquistando aos poucos, um dia de cada vez.”

“Entrei para a escola e depois a fugi de casa.”

“Fui para o abrigo e também conheci uma realidade muito pior do que eu já tinha, mas pude ficar ao lado da minha irmã.”

“Quando tive que começar a criar os meus irmãos, passando por grandes barreiras, humilhações e sacrifícios.”

“Sou mais consciente do que faço e luto para mudar o meu presente, pois o passado não posso mais.”

Nessa oficina os jovens começaram a esboçar seus desejos e sonhos de futuro. Eis alguns desses sonhos ...ou melhor, como se vêem no futuro!

Terminei os estudos, estou fazendo o que eu gosto, estou com a minha família e começo a fazer coisas para realizar meus sonhos. E o maior deles é ver minha mãe e meus irmãos felizes.”

“Termino os estudos, passo no concurso ou tenho um trabalho de carteira assinada, me formo em direito (sou juíza) e nunca deixo de procurar minha família...”

“Eu era um cara agressivo e muito respondão, mas graças a Deus eu não sou mais aquela pessoa ingrata e respondona.”

 “Sou engenheiro”

“Tenho minha casa, meu carro...”

“Saio do abrigo”

“Termino meus estudos,  formo minha família, entro na faculdade...”

“Vou atrás da minha mãe depois de arrumar um trabalho.”


OFICINA VIII – “Minha Vida, Minhas Escolhas”
Como escolher? Por que escolher? O que escolher?
Nada do que foi será/ De novo do jeito que já foi um dia / Tudo passa / Tudo sempre passará. /A vida vem em ondas / Como um mar / Num indo e vindo infinito... (Lulu Santos). 
Assim começamos nossos trabalhos. Essa oficina foi realizada no dia 02 de julho, e como o próprio nome diz, o objetivo era ampliar a visão dos participantes sobre os processos de escolhas. Escolher? “Ou Isto ou Aquilo: ou isto ou aquilo . . . e vivo escolhendo o dia inteiro!” diz Cecília Meireles.Bem ou mal, anjo ou demônio, o que escolher? Mas será que tem que ser assim? Essas entre outras reflexões foram trazidas pelos jovens. Que escolhas podem fazer para tornar realidade seus desejos e sonhos?  O tema foi discutido a partir de uma dramatização onde todos os participantes utilizando os recursos do “como se” do tablado puderam trazer seus conteúdos, suas dúvidas, suas certezas, seus sonhos!!! A adolescente V. após a dramatização, ainda muito emocionada compartilha sua história de vida com o grupo. Fala de suas escolhas no início de sua vida ...

“Fui adotada ainda bebê. Tudo ia bem com minha família, mas eu sempre carregava uma raiva muito grande, era como se eles tivessem me roubado de minha família biológica. Aos 10 anos tentei fugir de casa várias vezes. Me envolvi com as drogas, fiquei na sarjeta. Fui morar no abrigo, fugi muitas vezes. Briguei muito com minha mãe, achava que ela era culpada de tudo. Até que eu engravidei e agora vejo que as escolhas que fiz não me fizeram feliz... Tô num momento de reconciliação com minha mãe, espero cuidar de meu filho ... estudar,  trabalhar”

CINE - DEBATE –  Filme Invictus, direção de Clint Eastwood
16 de julho

Para alguns esse é um sábado para dormir até mais tarde, mas para o grupo DESBRAVADOS e o grupo ARTITUDES JOVEM essa é a oportunidade de mostrar seu talento, recitando uma poesia, cantando uma música ou até mesmo dançando. Essa oficina foi mais que especial, foi realizada no anfiteatro da Universidade Paulista, e ela foi especial não só pelo local que realizamos, mas também porque assistimos o  filme INVICTUS: “ ... Não importa se o portão é estreito / Não importa o tamanho do castigo, / Eu sou o dono do meu destino./ Eu sou o capitão da minha alma.”
 A idéia de se fazer um debate sobre o filme “Invictus” partiu da necessidade de se introduzir o jovem no campo das discussões históricas, promover o debate sobre histórias de superação, histórias que falam de perdas, vínculos e perdão. Convidados para o debate, o Psicólogo Professor Supervisor Flávio Lôbo Guimarães, a Promotora  Dra. Fabiana de Assis Pinheiro e a Procuradora do Trabalho Dra. Ana Gabriel O. Paula que debateram com os jovens não apenas o tema do filme mas também alguns princípios da linguagem audiovisual.
Considerações que fizeram sobre o filme:
“O modo como ele via o mundo era diferente, ele queria acabar com o preconceito entre brancos e negros, queria fazer a diferença.” (Mateus)

"O filme fala de tudo que ainda acontece hoje, preconceito, discriminação ..." (Lucas)
 “Ele queria mudar o mundo.” (Sandy)

“Depois de tudo que ele passou, ele conseguiu o que queria.” (Débora)
 “Falava sobre o racismo, ele queria uma união entre as pessoas, mostrar que não era como eles pensavam a discriminação entre pretos e brancos. Mandela acreditava que era possível um país sem violência" (Victória)

Oficina IX – “Meu Estilo de Vida, meus sentimentos, meus hábitos e minha rotina.”
06 de agosto
 Mais uma oficina começou. Ainda com a idéia de levar aos jovens, outras perspectivas do mundo, o aquecimento dessa oficina se deu com a apresentação do DVD do projeto Playing for Change, com a música SATCHITA.
Uma reflexão sobre os seus versos:
“Peça a Deus, .../Que os homens encontrem os seus passos  perdidos, /e que os sonhos despertem esses olhos dormidos, /que o Amor transborde e vivamos em Paz… /Que os dias terminem com os braços cansados, / e que a sorte só queira estar ao teu lado, / que a dor não lhe assombre nem lhe cause desespero, peça a Deus…”
BELÍSSIMA!!!
Após esse aquecimento, abrimos mais uma vez uma roda de conversa: Compartilhamos as férias escolares, o ponto alto e o ponto baixo desses dias de puro “lazer” . Voltamos a falar a respeito do filme Invictus e falamos das atividades que foram propostas para fazer durante as férias,  dentre elas a leitura da biografia do Nelson Mandela. Voltamos ao tema da oficina anterior para contextualizarmos a continuidade da construção do projeto de vida que iríamos trabalhar nessa oficina. Trabalhamos com fotos que tinham como tema expressões que revelassem sentimentos e emoções. O ponto alto dessa oficina foi a leitura que se fez da música “SERÁ” da banda Legião Urbana, e todos os sentimentos que a música propõe. Além disso, brincar de “Escravos de Jó” aqueceu o grupo para falar mais adiante de trabalho em equipe, de liderança, de iniciativa.
Ainda nessa oficina recebemos a visita de dois diretores do Berço da Cidadania, Sr. Sabino e o Sr. Clemilson. Os adolescentes tiveram a oportunidade de compartilhar com ambos  as suas impressões sobre o projeto. Vejamos alguns depoimentos:
“Experiência nova.” (Matheus)
“Eu não queria vir no começo, achava tudo muito chato, mas agora já aprendi muito.” (Sandy)
“Sensacional! Aqui a gente aprende a conhecer a nós mesmos, e tenho expectativa de aprender mais.” (Ray)
“Muito bom, adquirir mais conhecimento, conhecendo pessoas novas e aprendendo cada vez mais.” (Isla)
“Conscientiza a gente de muitas coisas, às vezes a gente fica traumatizado com tanto psicólogo, achando que eles vão obrigar a fazer as coisas, mas não, aqui eles escutam e orientam a gente, não nos obrigam a nada. Acho que este projeto podia se expandir para dar oportunidade para outras pessoas.” (Débora)
Gostei muito da estrutura, da equipe, tive um bom acolhimento. Me faz pensar na minha atuação com um futuro psicólogo, ter a oportunidade de estar em contato com outras realidade diferentes da minha e pensar sobre isso.” (Sérgio, estagiário de psicologia)

Oficina X –  “O que eu quero Ser?”
20 de agosto
“Bebida é água, comida é pasto, você tem fome de quê?  Você tem sede de quê?Provavelmente você já deve ter ouvido o trecho dessa música, mas se você ainda não ouviu, vamos falar para você, é a música “Comida” do Titãs e com ela refletimos:  do que cada um tem sede, do que cada um tem fome. Fome essa que não é só de comida, mas fome de viver. Sede de ser feliz, sede de ser cidadão! E já que estamos falando de cidadania, os adolescentes trouxeram as cópias dos seus documentos pessoais, solicitados pela equipe do projeto, já pensando nas possíveis inclusões em cursos e mercado de trabalho.
Ainda é importante ressaltar que nessa oficina os adolescentes compartilharam as fotos que fizeram de seus caminhos casa/escola/trabalho: “O meu ângulo foi legal, tirei de umas formigas que estavam trabalhando no meu caminho.” / “Muitas coisas, o principal é o estresse das pessoas, eu tô indo embora do trabalho, é gente brigando na parada, batendo...”
Um grande momento nesse dia de trabalho foi o depoimento de Alexandre, que é um jovem que viveu em uma instituição de acolhimento e nos presenteou contando a sua história desde o tempo que era abrigado até se tornar um médico veterinário. (Vejam alguns fragmentos de sua história nesse Blog, na página “Histórias de Vida”.

Um outro ponto forte da oficina foi proporcionado pelo Jogo das Profissões, uma adaptação do Jogo “Profissiogame” da Vetor. Através desse jogo, várias profissões foram discutidas, assim como os aspectos éticos do mundo do trabalho.Trabalhamos também comunicação, trabalho em equipe, diversidade de profissões, e encerramos mais um dia produtivo com a apresentação de fotos e vídeos dos adolescentes.

 Oficina XI - Qualidade de vida no trabalho e a Construção do Blog.
 03 de setembro
Recebemos os adolescentes, tomamos café da manhã, enquanto isso as fotos e vídeos da semana estavam sendo baixados, recolhemos as tarefas de casa e apresentamos todos o roteiro da oficina. Foi nesse ritmo acelerado, que demos inicio a décima primeira oficina do Projeto Roteiros para a Cidadania. Aquecemos para o trabalho em equipe. Andar juntos, no mesmo passo, é possível? Voltamos a falar das profissões, mas agora com o enfoque na satisfação e insatisfação que os profissionais podem enfrentar até o momento de exercer a profissão que realmente desejam. Retomamos os objetivos do projeto, refizemos nosso contrato de trabalho, realizamos uma auto-avaliação. Aqui uma pausa para a pizza, afinal depois de tanto trabalho dá uma fome. Barriga cheia, gora é hora da preparação para a construção do blog.
 A jornalista e psicodramatista Solange Pereira  inicia sua exposição falando de comunicação, e nos pergunta:  Como vocês estão se comunicando? Por que se comunicar? Que meio de comunicação mais se parece com vocês? A jornalista também nos fala sobre as redes sociais, as questões éticas que o tema exige e termina com um sociodrama para a escolha dos objetivos do blog. Essa oficina teve sua continuidade no dia 10 de setembro, quando efetivamente o blog passou a existir.

Oficina XII -  O que fazer para alcançar minhas metas?
17 de setembro

Luz, câmera, ação! Assim começamos a nossa décima segunda oficina! Depois de fazer a entrevista com um profissional de sua escolha, os adolescentes se reuniram em grupos e escolheram dentre as entrevistas, uma história para fazer a dramatização e apresentar para todo o grupo.
A preparação e execução ficou por conta de um diretor que deu todas as coordenadas. Médico, dentista, arquiteto, assistente social, cuidadora,  professora de matemática, jogador de futebol, foram algumas profissões apresentadas pelos adolescentes, a maiorias deles sabem exatamente qual a profissão querem no futuro, o que não estava muito claro era o que fazer para alcançar as metas, então trabalhamos expectativas, recursos, motivações  e alguns caminhos para chegar até o objetivo profissional.
Como sabemos que nosso futuro é o resultado do que fazermos hoje, mãos a obra! Ou mãos na massa! Ou ainda, mãos no jornal, mais precisamente ao caderno de emprego, para saber quais são as ofertas do mercado de trabalho, cursos profissionalizantes, salários pagos aos profissionais de nível médio, superior ou técnico. Foi nesse contexto que mais uma vez plantamos sementes (intervenções) para um solo que já se mostra tão fértil (adolescentes)Nessa oficina tivemos uma grande surpresa – Victória, que se afastou do projeto por duas oficinas para ter seu filhinho,  agora retorna com seu YAGO, um forte e lindo bebê!
PARABÉNS, VICTÓRIA!
 BEM VINDO YAGO!














Memória das Oficinas I, II e III com os adolescentes


Todas as oficinas são realizadas no campus da UNIP - Universidade Paulista, em Brasília (DF)
Iniciamos as atividades sempre com uma roda de conversa onde todos os participantes compartilham sua semana. Apresentam suas fotografias e vídeos, além de discutirem os textos recomendados na oficina anterior.

Oficina I
Dia 16 de abril, 07h30 da manhã e toda a equipe técnica já estava reunida para fazer uma última leitura no roteiro para a realização da primeira oficina. Nesse momento não tínhamos consciência do tamanho do nosso desafio, mas de uma coisa toda a equipe estava consciente: todos nós estávamos dispostos a dar o melhor de si para fazer um ótimo trabalho com os adolescentes.  Tínhamos uma preocupação inicial -  quantos adolescentes compareceriam nessa primeira oficina? Havíamos selecionado 52 adolescentes dentre mais de 100 inscritos, e pensávamos em trabalhar com um número de 40, que é a proposta do projeto.
Essa preocupação se dava em razão de os encontros serem aos sábados, dia de descanso deles, de visitas nas entidades de acolhimento e de atividades de lazer. Mas, para nossa surpresa, a maioria dos selecionados compareceram e nesse primeiro momento tínhamos 47 adolescentes conosco. Iniciamos as atividades com um Sociodrama com a finalidade de nos conhecermos - adolescentes e equipe técnica: Quem éramos? De onde vínhamos? Onde queríamos chegar? Quais os nossos planos de futuro? apresentamos o trabalho e projetamos um vídeo sobre escolhas. Após esse primeiro momento, foram formados dois grupos, um com 23 e outro com 24 participantes, onde juntamente com os coordenadores puderam fazer as apresentações individualizadas, trabalharam as regras de funcionamento do grupo e assinaram os termos de compromisso com o projeto.  Ainda levantamos as expectativas de cada jovem em relação ao projeto, e no final fizemos a entrega de uma mochila contendo camiseta, caneta, bóton e garrafinha p/água.

Algumas expectativas dos jovens:
Para ter um futuro melhor. Aprender um pouco mais de tudo”

“Porque me convidaram para participar e eu tô adorando. Espero aprender coisas novas que faça a diferença em meu futuro, na minha vida profissional.”

“Para uma oportunidade. Mais sobre cidadania e me conhecer melhor”.

“Porque eu quero aprender mais. Eu espero aprender muitas coisas e claro conhecer pessoas diferentes”.

“Porque quero aprender mais sobre o trabalho e conhecer  várias pessoas. Espero aprender muitas coisas e conseguir vários amigos”.


Oficina II

 Dia 30 de abril, recebemos os adolescentes com um delicioso café da manhã e demos inicio as atividades com exercícios de consciência corporal e percepção do ambiente onde seriam realizadas as atividades. Essa oficina tinha como proposta facilitar o “reconhecimento do eu” e o “reconhecimento do outro”. Dessa maneira apresentamos um jogo que se iniciava com uma escolha pessoal seguida do trabalho em duplas. O jogo tinha como objetivo identificar semelhanças e diferenças entre todos os participantes (adolescentes e equipe técnica). Também era um jogo que proporcionava a Esperança. Esperança de resgatar os sentimentos mais profundos e verdadeiros. Esperança de se tornarem, cada vez mais, aquilo que verdadeiramente são: autores de suas próprias histórias.
 Em seguida trabalhamos a identidade do grupo. Cada grupo, após o calor de suas vontades, escolheu o nome que seria chamado a partir daquele momento: ARTETUDE JOVEM e DESBRAVADOS.  Vale acrescentar que os nomes dos grupos foram criados a partir dos nomes dos próprios participantes,  o que proporcionou o primeiro grande momento de negociação para um trabalho em equipe.




Oficina III  
Essa oficina foi realizada na tarde do dia 30 de abril. Começamos nesse momento a instrumentalização dos adolescentes, ou o que chamamos de oficinas de audiovisual. Com a presença de dois técnicos, Adriana e Davi, o equipamento de fotografia e vídeo foi apresentado aos adolescentes. O objetivo das oficinas de fotografia é estimular os sentidos, as idiossincrasias e peculiaridades através das fotografias, criando condições para a percepção das diferentes subjetividades.  O material fotográfico elaborado pelos adolescentes foi a principal matéria-prima utilizada nos exercícios de construção de narrativas.  Cada adolescente recebeu uma câmera fotográfica digital, assinando um termo de compromisso e responsabilidade com a mesma.


































Um comentário:

  1. Estou emocionada, com lagrimas nos olhos por vivenciar a concretizacao de um sonho e o reconhecimento dos jovens pela importância do trabalho que esta sendo realizado com eles.

    Abraços emocionados!

    Carla kobori

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