Adolescência

Adolescência, tempo permeado por grandes desenvolvimentos físicos, cognitivos, subjetivos e sociais. 

Tempo de grandes descobertas e desafios. Ser ou não ser, pensar ou deixar fluir.  Nem criança, nem adulto

Um tempo único.  

Cercado de questionamentos, dúvidas e incertezas, mas também de sonhos, desejos e ousadia o jovem percorre um caminho em busca de uma identidade que o defina na sua singularidade, mas também como um ser social, ocupando o papel que lhe pertence.

No cotidiano de suas vidas, entre a morada infantil e os compromissos da vida adulta, o adolescente ensaia o seu novo papel no mundo. E cabe a ele sustentar a grande virada, tornar-se sujeito de seu desejo, ir em busca de sua satisfação – inventar o futuro, encontrar o seu destino.

Será essa uma tarefa fácil? Obviamente que não. Ainda mais se pensarmos em adolescente com história de negligência, violência e abandono. Certamente esse adolescente precisará de um mediador, uma pessoa significativa que traduza os seus anseios e sua rebeldia, que reconte sua história, que aposte na sua capacidade, nos seus talentos e ofereça a ele as oportunidades para que faça melhores escolhas.

Nesse sentido, Roteiros para Cidadania, como um dos mediadores desses jovens, ao longo desse ano, já desenvolveu os seguintes temas em suas oficinas:

I – Construção de um Projeto de Vida

·         Compreendendo a Minha História.

·         Minhas Escolhas, Minha Vida.

·         Meu estilo de vida, meus sentimentos, meus hábitos e minha rotina.

·         O que eu quero ser?  

·         A diversidade de profissões: nível fundamental, nível médio e superior

II – Construção da Autonomia

·         As profissões e o Mercado de Trabalho

·         O que fazer para alcançar as minhas metas?

A memória das atividades, com relatos e fotos, está postada na página  OFICINA deste Blog.

Outras atividades estarão sendo realizadas até o dia 10 de dezembro deste ano e a partir de agora estaremos postando cada uma das oficinas realizadas.

Abraços

Equipe Roteiros

Por Daiana Martins

Daiana a direita, orientando duas adolescentes 

Devo expressar o que sinto também,

Um prazer sorridente e acreditado,

Um prazer dividido entrou nesses peitos unidos,

Que o Amor se faz vinculados,

No prazer achamos amor aos esperados,

Frutos de seus desejos e empenho conseguidos.

No prazer encontra a dor adormecida,

Descobrimos que sonhar dá fadiga,

O sangue corre energizado,

A tranqüilidade de um objetivo realizado,

Repousando nesse desejo que tu desejas,
 Encontro nele o que te representava.

No teatro da noite que se aproxima,

A alma dos sentidos doces se liga,

Cada dia cresce formosa, grande fortuna, para vós,

Como flores num jardim forte é o sol dentro de nós,

Trabalho tem que ama, e se desvela, nos mistérios que tem,

Os passarinhos se animam a cantar, começam a pedir liberdade.

Meninas, pois é verdade, o dia se aproxima e os passarinhos irão voar,

As flores eles levaram consigo, pois elas concedem,

Amor, conhecimento, toque e generosidade,

Já vou acabando, não quero ficar de fora, digo quem vos adora, vos pode estar desejando,

Vê o roteiro final de cada história.

Obrigada a todos!

Daiana Martins, 

Daiana, é poetiza, estagiaria do 10 semestre do curso de psicologia  da Universidade Paulista. Faz parte da equipe técnica do projeto Roteiros para Cidadania sendo responsável pela observação e orientação de quatro adolescentes do grupo Desbravados. 

NASCE O BLOG DO PROJETO ROTEIROS PARA CIDADADANIA

O blog roteiros para cidadania, foi criado com a participação dos adolescentes: Paulo, Lorena, Amanda, Manoel, Carina, Rayane, Luis Filipe e Bruna, todos fazem parte do Projeto Roteiros para Cidadania e desejaram participar de forma voluntária da criação do Blog, parabéns a todos  pela colaboração e por disponibilizarem uma manhã de sábado em prol da aprendizagem. 

A equipe técnica: Ana Carla, Carla Kobori, Viviane, Maria da Penha, Luiza, Viviane e Jordana estavam presentes colaborando e organizando os detalhes para que a Blogueira e jornalista Solange executasse o trabalho em conjunto com os adolescentes. Foi apenas o começo,  e iniciou  com os adolescentes narrando pequenos pedaços de suas histórias vejam abaixo. Parabéns a todos que participaram! Foi emocionante ler cada história.

Um grande beijo carinhoso,


Carla Kobori

Manoel: uma história de vida

Eu morava com meu avô em Planaltina-DF até aos meus sete anos. Meu avô tinha uma doença em que seus membros inchavam. Começou no pé, depois foi para a perna e se não amputasse, ele perderia todo o corpo. Por causa disso, o Conselho Tutelar achou por bem colocar meu avô em um asilo e me enviar para o Larzinho, pois ele não tinha mais condições de cuidar de mim.

Em seguida, entrei para a lista de adoção, porque minha mãe estava desaparecida. Depois de um tempo a encontraram e ela foi morar na casa do meu avô. Infelizmente nesta época ele já havia falecido.

Havia um homem que me ajudava a me comunicar com minha mãe. Fazíamos visitas a ela e passeios juntos. Desde então, tenho contato com minha mãe, mas continuo morando no Larzinho, pois ela não tem condições de cuidar de mim.

Esta casa do meu avô foi obtida por meio de uma doação desse homem que me ajudava a me comunicar com minha mãe. Por isso, esta casa é agora da família e será minha e das minhas irmãs no futuro.

No Larzinho todos me apoiaram e me incentivaram a estudar e trabalhar bastante. Incentivaram também a passar estes conhecimentos para minha família e amigos, porque não sabemos o que nosso próximo está passando.

Meu sonho é ajudar minha mãe e incentivar minhas irmãs a estudar muito e a trabalhar também. Acredito que juntos podemos melhorar nosso passado.

Por Manoel.

A história da Bruna

Quando eu nasci, minha mãe era muito jovem. Aí depois de uns seis anos meus pais se separaram. Meu pai mora atualmente em Londrina – Paraná com a atual esposa e seus filhos.

Aos meus nove anos eu quase me afoguei na piscina da casa da minha mãe. Depois eu comecei a brincar de boneca porque eu não achava graça brincar de carrinho. Eu amava arrumar os cabelos das minhas bonecas. Minha primeira vez que brinquei de boneca foi com as Barbies da minha prima, que mora no Mato Grosso do Sul.

Aos meus quatorze anos eu vim para o Abrigo Reencontro em Taguatinga Norte. Desde outubro de 2010 estou neste Abrigo e depois eu fui para uma casa descentralizada no Recanto das Emas que se chama Casa Lar Recanto. Nessa casa, as pessoas que moram nela vivem como uma família. Eu adoro morar neste abrigo, mas espero voltar a morar com minha mãe no Lago Norte.

Fim.

Por Bruna.

Um sonho se tornando realidade

Luis Felipe

Conheci o futebol através do Abrirre Reencontro. Comecei a torcer pelo Flamengo. No começo do ano entrei para a escolinha de futebol do Sesi de Taguatinga e estou até . O futebol me trouxe oportunidades na minha vida e me ajudou a abrir portas. Me ajudou a ocupar minha mente para não me envolver com pessoas erradas. Me ajudo u a conhecer novos amigos. Jogo futebol no Sesi nas terças e quintas pela manhã. Vou fazer outro esporte chamando Box Chines. Quero continuar no futebol , mas só como diversão com os meus amigos.

MINHA HISTÓRIA – RAIANE

                Quando eu era pequena me jogaram na lata de lixo, uma senhora me pegou, me criou. O tempo passou e eu fui crescendo. Quando eu tinha mais ou menos 9 anos de idade, queria saber quem era minha mãe biológica, então resolvi perguntar para a minha mãe adotiva. Ela não queria me falar, mas de tanto eu insistir ela acabou me mostrando quem era. O tempo passou, e a minha mãe adotiva morreu. Fiquei muito triste, não sabia o que fazer, e ela tinha outra filha que não deixou eu ficar na casa com ela. Fiquei desesperada, sem saber pra onde ir... Então resolvi procurar a minha mãe biológica. Encontrei-a, passei alguns dias com ela, e porque ela bebia muito eu sai de lá... Quando ela bebia ela me batia muito, às vezes até me cortava... Então uma vizinha me levou ao conselho tutelar e eu denunciei a minha mãe. Mas na adiantou, né? Porque os policiais gostavam dela... Então eu conheci minha irmã biológica, e ela me chamou para ir morar com ela. Nessa época eu morava em um cidadezinha pequena chamada Gúbues-PI e ela morava em Brasília. Eu aceitei, não tinha pra onde ir! Fiquei morando com ela alguns dias, olhava o filho dela enquanto ela trabalhava. Um dia quando ela chegou do trabalho, eu tinha esquecido de tirar a roupa do varal... Então ela brigou comigo, e me ameaçou mandar de volta para a minha mãe. Eu fiquei desesperada e fugi de lá. Encontrei um policial na rua e pedi ajuda. Ele me levou para um abrigo. Tenho 16 anos, moro no ABRIRE REENCONTRO, em uma casa lar no Recanto das Emas.  

Carina Bezerra da Silva

                 Olá meu nome é Carina Bezerra da Silva, tenho 18 anos e hoje moro com meus tios, nasci em 16/03/1993. Minha mãe nos deixou aos meus 9 meses de nascida (João Bezerra da Silva :21 anos ).

Então irei contar um momento histórico em minha vida: Tudo começa aos meus 13 anos desde aí começa minha vida por morar em um abrigo chamado Lar de São José por que meu pai na época não teria condição de cuidar nem de mim e meu irmão.  No começo até tive medo pois pensei que seria muito ruim em  minha vida ,mais até que fiquei mal sim por que meu pai não estava comigo então esse sentimento de perda ou algo do tipo e estranho , mais foi passando até que me acostumei isso para mim já não era um grande motivo por que estava bem determinada no que eu queria . Meu irmão João Bezerra da Silva saiu primeiro do local, pois estará completando 18 anos, então vocês nem imaginam do que senti novamente esse sentimento de perda já nem tinha mais meu irmão  por perto teria que me contentar em vê-lo um dia em cada semana .O abrigo sempre me apoiou em tudo que estava ao alcance deles , ofereceram cursos profissionalizantes e me deu também muito carinho e amor .

Logo o tempo se passa, estará para chegar o dia em que irei completar 18 anos, muito ansiosa Começa aquela velha frase sobre as responsabilidades, então quando chega o momento tudo e felicidade, entretanto ás vezes nunca é como agente pensa dali as cobranças em minha mente todos os dias: Carina você precisa arranjar um emprego . Isso me matou por dentro, decididamente  queria sair daquele lugar que para mim já não estava legal , então fui morar com uma colega , porém não passou muito tempo sai novamente mais agora fui morar com meus tios , felizmente estou lá , e agora estou muito melhor , sinto- me feliz naquele local pois são pessoas que estão sempre me amando .

Sabendo que aqui não para estou determinada em que eu quero, sei que ainda tem muito para eu passar nessa vida, com garras e forças vou conseguir vencer .

Um Grande Beijo para todos os leitores.

Carinariso@hotmail.com- e-mail

Cacaclaudin@gmail.com

Tudo começou quando eu nasci

Desde então a minha história é assim>>>>>>

Eu tinha dois anos me lembro, que minha mãe me deixou com meu avó;

·     Ela morava na rua, e eu não ia ficar com ela na rua, por que tinha muita violência e era muito arriscado para mim, pois então vivi com meu, avó e com minha, avô. Minha avô morreu em 2003 e eu tinha 7 anos ela morreu, por que tinha uma doença na cabeça.

·         Então fiquei morando com meu avó ate meus 11 anos, eu ficava bagunçando d+ lá ele não me aguentou e me mandou-me de volta para morar com minha mãe, estava  com minha mãe uma tia minha ela estava só de passagem e minha mãe perguntou se ela poderia ficar com migo, ela disse sim que podia;

·     Quando eu estava morando com ela e com o namorado dela nos primeiros dias, meses e até semanas foi tudo bem, más depois, hum só veio miséria, tinha que ficar pedindo dinheiro na rua para ela, me colocaram na escola, fui estudar o dia todo em uma escola que ensinavam crianças moradoras de rua, eu fui estudar nessa escola melhor do que ficar pedindo dinheiro na rua, nessa escola eu aprendi de tudo que era bom, lá eu conheci umas professoras que eram d+, estudei la  já faz 2 anos e 7 meses, estou trabalhando como pro adolescente na câmara dos deputados entrei por agora vou sair em maio e 2013 que e o final de contrato.

Então eis ai um pedaço da minha história

Entre em contato com migo

Powerpaulo2011@hotmail.com(email)